Estados Unidos
Novos aumentos de taxas pelo Fed dos EUA são vistos como o principal risco para a economia americana no próximo ano. As perspectivas para os Estados Unidos dependem em grande parte das ações dos reguladores e do ritmo de aumento das taxas. No início de 2023, a taxa de juros nos Estados Unidos pode chegar a 4,5%-5%. Segundo especialistas, isto afetará o mercado imobiliário e a indústria automotiva. Na realidade, os analistas não descartam a possibilidade de taxas de juros de 6%, mas temem uma desaceleração do crescimento econômico nos EUA, apesar de uma diminuição da pressão inflacionária em novembro de 2022. No entanto, muitos participantes do mercado não perdem a esperança. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), a produção econômica dos EUA aumentará em 0,5% em 2023. Com base na pesquisa do The Wall Street Journal, o PIB dos EUA acelerará em 0,4%, apesar dos altos riscos de recessão.
China
A segunda maior economia do mundo pode enfrentar consequências adversas resultantes de suas regras de Covid zero. A expectativa é que o governo da China siga esta política em 2023. A esta luz, as perspectivas para a economia chinesa parecem muito assustadoras. Ainda assim, os especialistas dizem que a economia se recuperará, uma vez que Pequim aliviou um pouco suas rígidas restrições ao coronavírus. A postura rígida para conter a Covid da China prejudicou muito a economia nacional. Ainda assim, o recente surto de novos casos não permite aos especialistas prever com precisão quando as restrições serão atenuadas ou levantadas. A crise de propriedade da China é outro problema que pesa sobre a economia chinesa. Atualmente, o ritmo da construção na China é muito maior do que a demanda no mercado local. Além disso, os incentivos fiscais em larga escala também contribuíram para uma desaceleração do crescimento econômico. Assim, o déficit orçamentário da China atingiu um recorde de US$ 1 trilhão.
Rússia
O Banco da Rússia aponta o comércio externo e as restrições financeiras mais rigorosas como um dos principais riscos para a economia nacional. De acordo com o regulador, isto prejudica muito o potencial de crescimento da economia russa. Por isso, a Rússia pode enfrentar um aumento da inflação e do déficit orçamentário em 2023. Atualmente, estima-se que a Rússia tenha um déficit orçamentário estatal até 2025, mas a situação pode piorar. Especialistas dizem que o déficit atual será compensado por empréstimos domésticos e uma política fiscal atualizada. Caso a economia mundial entre em recessão, as exportações russas serão duramente afetadas. A demanda por bens russos poderá cair, as importações diminuirão e o rublo desvalorizará. A escassez de mão de obra também representará riscos para a economia russa.
Zona do euro
A crescente dívida pública dos países da UE e os altos preços da energia representarão a maior ameaça para a economia europeia em 2023. Segundo a Oxford Economics, Alemanha, Itália, França e Espanha sofrerão o golpe mais pesado de todos. A população enfrentará um aumento notável nas contas de serviços públicos e tarifas de eletricidade no início de 2023, o que, por sua vez, desencadeará um colapso no consumo na UE. Entretanto, apesar das previsões sombrias, a Europa poderá evitar o efeito devastador da crise energética graças a suas significativas reservas de gás. Isto permitirá que as fábricas europeias não estabeleçam um limite ao consumo de energia. Os economistas do Barclays preveem que o PIB da zona do euro cairá em 1,3% no próximo ano. Anteriormente, eles previam que a economia se contraísse em até 5%. Em 2023, espera-se que muitas famílias e empresas da região se adaptem à situação econômica atual.
Riscos globais
A inflação galopante é apontada como a maior ameaça para a economia mundial no próximo ano. De acordo com o Banco Mundial, os reguladores aumentarão as taxas de juros para 4% e continuarão a apertar a política monetária em 2023. Nesta perspectiva, a inflação pode subir novamente em 5%, o que é o dobro da média deste indicador. O aumento contínuo das taxas contribuirá para uma desaceleração de 0,5% do PIB global em 2023, sinalizando o início de uma recessão global e crises financeiras nos países em desenvolvimento. Mesmo diante deste cenário, os analistas não perdem a esperança, pois a inflação dos EUA desacelerou em outubro e as perspectivas para a economia mundial melhoraram um pouco. Apesar do estado frágil da economia global, as expectativas são de que a inflação continue a desacelerar em 2023.