Os hidrocarbonetos continuarão a desempenhar um papel crucial na economia global nos próximos anos. Segundo os estrategistas de moeda do Goldman Sachs, a demanda por petróleo deve seguir em alta até meados dos anos 2030, impulsionada pela dificuldade de descarbonizar os setores de aviação e produção petroquímica, além do consumo crescente nos países em desenvolvimento. A transição para fontes alternativas de energia nesses setores enfrentará obstáculos consideráveis, o que torna a substituição do petróleo improvável no curto prazo.
Ao mesmo tempo, o mercado de petróleo será atendido por um excedente de oferta. Espera-se que o próximo ano registre um excesso de 400.000 barris por dia, aumentando para 900.000 barris diários até 2026, impulsionado pela produção nos EUA, Canadá, Brasil e outros países. Como resultado, o Goldman Sachs prevê que o preço médio do petróleo Brent será de US$ 76 por barril em 2025 e de US$ 71 por barril em 2026.
Por outro lado, a Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que a economia global de combustíveis fósseis já entrou em um declínio terminal. Previsões preliminares indicam que o pico do interesse global pelo petróleo ocorrerá após 2030, influenciado pelo avanço das energias verde e nuclear, especialmente na China, que atualmente é um dos maiores consumidores de petróleo e carvão do mundo. A desaceleração do crescimento econômico chinês e as políticas voltadas para a energia limpa estão moldando esse cenário. A transição para fontes renováveis poderá afetar a demanda por petróleo, embora esse impacto seja gradual e de longo prazo.
Essas projeções levantam questões cruciais: estaremos prontos para equilibrar o crescimento econômico com os compromissos climáticos globais? O futuro da energia será dominado pela adaptação às novas realidades ambientais ou pela luta para atender às necessidades de desenvolvimento dos países em crescimento?
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