A libra esterlina, historicamente mais volátil, está superando o dólar americano, a moeda de reserva global. Os analistas cambiais do Goldman Sachs acreditam que a libra esterlina está ganhando força devido à desvalorização do dólar.
Os analistas do banco de investimentos preveem que o euro será um dos principais beneficiários da contínua desvalorização do dólar, que enfrentou pressão após a decisão da Reserva Federal dos Estados Unidos de reduzir os juros para uma faixa de 4,75% a 5,00%.
Atualmente, os especialistas do banco demonstram otimismo em relação à libra britânica, antecipando um aumento para US$ 1,4000 em um período de 12 meses, em contraste com US$ 1,3200. Essa perspectiva otimista é alimentada pela resistência do Banco da Inglaterra em diminuir as taxas de juros, ao contrário dos Estados Unidos e da Europa. Essa discrepância nas políticas monetárias provocou um crescimento de 4,5% na libra esterlina, tornando-a uma das moedas de melhor desempenho global em 2024. Contudo, alertam que o Reino Unido precisará "recuperar o atraso na diminuição das taxas", com o governo persistindo em apoiar e estimular a economia.
Antes da redução das taxas pelo Fed, os especialistas do Goldman Sachs previram uma expressiva valorização do ouro, considerando sua correlação inversa com o dólar, que tem perdido terreno nos últimos três meses. Em meados de setembro, o dólar havia sofrido uma queda de 4,03% em relação a uma cesta das seis principais moedas de reserva.
No entanto, os especialistas alertam que o governo do Reino Unido precisa moderar sua confiança na recuperação da libra, uma vez que novos desafios econômicos estão surgindo. A principal questão é o enorme endividamento nacional do país, que atingiu patamares inéditos desde os anos 1960. Nesse cenário, Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, sugeriu possíveis aumentos de impostos, apesar de ter se comprometido a não aumentar os impostos para os cidadãos que trabalham.
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