Com as tensões em alta, o petróleo russo volta ao centro do conflito econômico. Washington intensifica a pressão sobre Moscou, ameaçando sanções ainda mais severas contra o comércio de petróleo.
O vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Daleep Singh, indicou que a administração está considerando medidas mais severas em relação à frota sombra e os volumes de petróleo que a Rússia consegue disponibilizar no mercado.
Anteriormente, o Grupo dos Sete países estabeleceu um limite de preço de US$ 60 por barril para o petróleo russo. Os membros do G7 também chegaram a um consenso sobre um teto de US$ 100 por barril para os produtos petrolíferos de origem russa, especialmente o diesel, que normalmente é vendido com uma margem de lucro em relação ao petróleo bruto. Além disso, foi acordado um limite de US$ 45 por barril para o óleo combustível.
Em resposta, o presidente russo Vladimir Putin emitiu um decreto proibindo o fornecimento de petróleo russo e produtos petrolíferos a indivíduos e empresas estrangeiras caso "o uso de um mecanismo de fixação de preço máximo seja direta ou indiretamente previsto". Essa regra permanecerá em vigor até o final de 2024.
Além do teto de preços, as nações ocidentais e os Estados Unidos impuseram restrições à frota sombra da Rússia, que utiliza táticas de ocultação para transportar mercadorias sancionadas de forma clandestina. Em julho, a Bloomberg informou que dezenas de navios-tanque que antes transportavam petróleo bruto russo estão "parando sob o peso das sanções dos EUA".
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