Se na terça-feira o dólar enfraqueceu sem razões concretas, além do alvoroço artificial gerado pela grande mídia americana, ontem ele se fortaleceu, mais uma vez desafiando o bom senso. Não houve divulgação de dados macroeconômicos significativos, e uma queda de 4,7% nas vendas de novas casas certamente não justifica o fortalecimento da moeda americana. Muito provavelmente, o mercado estava apenas corrigindo os desequilíbrios surgidos no dia anterior, retornando aos níveis observados na manhã de terça-feira. Em outras palavras, a situação no mercado permanece inalterada, embora marcada por considerável volatilidade.
Os dados do PIB dos EUA publicados hoje provavelmente terão pouco impacto, uma vez que se referem a números finais que devem apenas confirmar as estimativas preliminares já consideradas pelo mercado. Atenção maior pode ser dada aos pedidos de bens duráveis, que podem registrar uma queda de 0,1%. Como o mercado não tende a ficar estático, uma queda nos pedidos provavelmente resultará em um enfraquecimento simbólico do dólar.
O par EUR/USD ultrapassou temporariamente o nível de 1,1200 devido à especulação do mercado, mas os participantes não conseguiram manter a cotação acima desse patamar. Como resultado, houve uma retração nos preços, com o par ainda negociado próximo ao pico do ciclo de alta.
No gráfico de quatro horas, o indicador técnico RSI se mantém em torno do nível mediano de 50, sugerindo um movimento de correção nos preços.
Quanto ao indicador Alligator no mesmo gráfico, as linhas das médias móveis (MA) estão entrelaçadas, o que é consistente com uma fase de recuo.
Expectativas e perspectivas
Para a próxima fase de crescimento, é necessário estabilizar a cotação acima da marca de 1,1200 ao longo do dia. Nesse cenário, é altamente provável que a máxima estabelecida em julho de 2023, que está em 1,1276, seja atualizada. Caso contrário, podemos esperar um movimento flutuante próximo aos níveis atuais.
A análise do indicador complexo em períodos de curto prazo e intradiários indica uma retração.