O par EUR/GBP ainda está lutando, continuando sua série de perdas.
Há uma boa chance de que o par EUR/GBP continue a cair. A libra esterlina está sendo impulsionada pela postura firme do Banco da Inglaterra (BoE) em manter as taxas de juros mais altas por mais tempo, em comparação com o Banco Central Europeu.
No simpósio de Jackson Hole, realizado na semana passada, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, destacou que os efeitos colaterais das pressões inflacionárias podem ser menos significativos do que se pensava anteriormente. Ele também aconselhou cautela em relação a cortes adicionais nas taxas de juros. Em 1º de agosto, o Banco da Inglaterra já havia reduzido as taxas em 25 pontos-base, levando-as para 5%. Enquanto isso, os mercados financeiros esperam outro corte de 40 pontos-base até o final deste ano.
No Reino Unido, os preços das casas subiram 2,4% em termos anuais em agosto, em comparação com 2,1% em julho. Este foi o sexto mês consecutivo de aumentos de preços e o maior salto desde dezembro de 2022. No entanto, em uma reviravolta surpreendente, os preços das casas caíram 0,2% no mês, após um aumento de 0,3% em julho, apesar das expectativas do mercado de um novo aumento.
Voltando ao euro, a inflação na Zona do Euro desacelerou ainda mais em agosto, de acordo com os dados do IPC da Alemanha e da Espanha. Essa desaceleração aumentou as expectativas de que o Banco Central Europeu possa cortar as taxas de juros, o que está pressionando o euro e puxando o par EUR/GBP para baixo.
Carsten Brzeski, chefe de Macroeconomia do ING, chamou a desaceleração da inflação de uma ótima notícia para o BCE. Ele apontou que a combinação de uma desaceleração econômica com a queda da inflação oferece o cenário perfeito para cortes nas taxas. No entanto, ele também alertou que a inflação no setor de serviços ainda é uma preocupação.
Hoje, vale a pena acompanhar o IPC da Zona do Euro, pois ele pode oferecer mais pistas sobre a saúde da economia da região e criar novas oportunidades de negociação.
Do ponto de vista técnico, os indicadores sugerem que o caminho de menor resistência para o par continua sendo de queda, com os osciladores em território negativo e longe dos níveis de sobrevenda.