Wall Street sobe: S&P 500 e Dow estabelecem novos recordes
Os índices de ações dos EUA apresentaram ganhos sólidos nesta quarta-feira, com o S&P 500 e o Dow Jones atingindo novas máximas históricas. O mercado foi positivamente influenciado pela ata da última reunião do Federal Reserve dos EUA, bem como pelas expectativas sobre os dados de inflação de setembro e a temporada de resultados das grandes corporações que está por vir.
Google sob pressão à medida que processos judiciais continuam
O interesse dos investidores se voltou para as ações da gigante de tecnologia Alphabet, controladora do Google, que apresentou volatilidade ao longo do dia. As ações da empresa fecharam em queda de 1,5% após o Departamento de Justiça dos EUA anunciar que pode exigir o desmembramento da empresa. O órgão está considerando abrir um processo para forçar a venda de alguns ativos do Google, como o navegador Chrome e o sistema operacional Android, com o objetivo de reduzir o monopólio da empresa no setor de buscas online.
O Fed manteve otimismo cauteloso
A ata publicada da reunião de setembro do Fed esclareceu as discussões entre os reguladores. A maioria dos membros do comitê apoiou a ideia de reduzir a taxa de juros em 0,5%. No entanto, foi acordado que tal decisão não significaria um compromisso com um ritmo específico de cortes futuros nas taxas.
Expectativas de mercado: corte de taxa ou manutenção das condições atuais?
De acordo com a plataforma analítica FedWatch, do CME Group, os traders atualmente estimam em 79% a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. Ao mesmo tempo, a probabilidade de que o Fed decida manter o nível atual da taxa é de 21%. Esse cenário reflete o humor cauteloso dos investidores e suas expectativas em relação às futuras ações do regulador.
"A ata confirmou nossas expectativas e acalmou os mercados. Houve discussão sobre um corte de taxa mais agressivo de 50 pontos-base, mas aparentemente não houve consenso, e o Fed não tomou essa medida," comentou Lindsay Bell, estrategista-chefe da empresa de investimentos 248 Ventures, em Charlotte, Carolina do Norte.
Investidores em expectativa: índice de preços ao consumidor e início da temporada de lucros
O mercado de ações dos EUA aguarda um importante evento macroeconômico: a publicação dos dados de inflação. O relatório do índice de preços ao consumidor, que será divulgado na quinta-feira, atrairá a atenção de traders e analistas, definindo o tom para as expectativas futuras sobre a política monetária. Além disso, a fase chave da temporada de resultados do terceiro trimestre começa na sexta-feira, com os principais bancos dos EUA divulgando seus primeiros resultados, o que ajudará a determinar o sentimento futuro do mercado.
Fed confiante em derrotar a inflação
"A ata do Fed mostrou que o regulador está confiante em sua estratégia, e os desenvolvimentos futuros sobre a inflação não devem ser uma surpresa," comentou Lindsay Bell, estrategista-chefe da 248 Ventures. Suas palavras refletem as expectativas dos participantes do mercado de que o relatório de inflação de amanhã estará dentro dos valores previstos, sem causar movimentos bruscos nas bolsas de valores.
Volatilidade em meio aos dados macroeconômicos
Esta semana é marcada por uma volatilidade aumentada nos mercados. Dados robustos de emprego em setembro, publicados anteriormente, forçaram os investidores a revisarem suas previsões para futuros cortes nas taxas de juros. O crescimento inesperado no número de empregos foi uma evidência da resiliência da economia dos EUA, dissipando temores de uma possível desaceleração.
Um clima de otimismo: uma "aterrissagem suave" para a economia?
Notícias positivas sobre o emprego ajudaram a alimentar o otimismo entre os participantes do mercado. "Ainda há uma crença em um cenário de aterrissagem suave, ou até mesmo em uma ausência de recessão, o que é favorável para os compradores, apesar da volatilidade atual", disse Bell. Os investidores estão esperançosos de que a economia possa desacelerar sem grandes consequências, o que seria um sinal positivo para os lucros corporativos.
Um bom dia para Wall Street: índices atingem novos recordes
Em meio ao clima positivo, o Dow Jones Industrial Average encerrou o dia em alta de 431,63 pontos, ou 1,03%, alcançando 42.512,00. O S&P 500 adicionou 40,91 pontos, o que corresponde a um aumento de 0,71%, terminando o dia em 5.792,04. O Nasdaq Composite também mostrou impulso positivo, subindo 108,70 pontos, ou 0,60%, para 18.291,62.
Novo recorde do S&P: máxima histórica em outubro
O fechamento de quarta-feira foi o 44º recorde do S&P 500 neste ano, destacando a resiliência do mercado em direção a 2024. O Dow Jones não fica muito atrás, com seu recorde anterior alcançado em 4 de outubro. Esses dados sugerem que, apesar da incerteza macroeconômica, os índices de ações continuam a mostrar forte crescimento.
Crescimento forte: 9 dos 11 setores do S&P 500 fecham em alta
O mercado de ações dos EUA mostrou dinâmica positiva na maioria dos setores, com nove dos 11 grupos industriais do S&P 500 terminando o dia com crescimento. No entanto, em meio à volatilidade relacionada à macroeconomia, as ações de serviços públicos, sensíveis a taxas de juros, caíram 0,9%. O índice de serviços de telecomunicações, que inclui a Alphabet, também caiu 0,6%.
Tecnologia sob pressão: ameaças antitruste
"As crescentes preocupações antitruste estão causando preocupação entre os investidores. Isso pode ter um impacto significativo em todo o setor de tecnologia, especialmente nos seus maiores players", disse Daniel Morris, estrategista-chefe de mercados de capitais do BNP Paribas. Ele destacou que possíveis processos judiciais podem limitar a influência de mercado dos gigantes da tecnologia e adicionar incertezas às suas perspectivas de longo prazo.
Furacão Milton ameaça a costa oeste da Flórida
Enquanto isso, os investidores estavam atentos ao desenvolvimento do Furacão Milton, de Categoria 5, à medida que ele se aproximava da costa da Flórida. O desastre natural já trouxe chuvas fortes, ventos fortes e tornados para a região. A ameaça de mais destruição permanece alta, já que o furacão se dirige para Tampa Bay e pode causar uma perigosa maré de tempestade nas áreas costeiras ainda se recuperando do Furacão Ellen.
Recuo da Boeing: negociações sindicais paralisam
Entre as grandes empresas sob pressão, a Boeing se destacou. As ações da gigante aeroespacial caíram 3,4% após mais uma rodada de negociações com um importante sindicato de manufatura terminar sem acordo. As negociações paralisadas aumentam a incerteza sobre os planos futuros de produção da empresa e representam riscos para sua cadeia de suprimentos.
Setor de cruzeiros em alta: ações de líderes sobem
Em meio à volatilidade geral no setor de tecnologia, as empresas de cruzeiros registraram ganhos inesperadamente fortes. A Norwegian Cruise Line aumentou seu valor de mercado em 10,9% após o Citi melhorar sua classificação para "compra". As ações da Carnival seguiram o mesmo caminho, subindo 7%, e as da Royal Caribbean Cruises subiram 5,2%. A recuperação no setor de turismo e o otimismo dos investidores sustentaram o sentimento positivo em torno dessas ações.
Fusões e aquisições: Rio Tinto adquire Arcadium Lithium
A mineradora Arcadium Lithium foi uma das principais vencedoras, disparando 30,9% após a notícia de que foi adquirida pela Rio Tinto. O negócio custará US$ 6,7 bilhões, destacando a ambição da Rio Tinto de fortalecer sua posição no setor de lítio, uma matéria-prima importante para a produção de baterias. O acordo demonstra o crescente interesse dos grandes players em recursos relacionados à transição energética e aumenta a confiança nas perspectivas da indústria.
Ações chinesas sob pressão: Alibaba e PDD perdem terreno
As ações das gigantes chinesas Alibaba e PDD Holdings, listadas nos EUA, encerraram a sessão em queda. As ações da Alibaba caíram 1,6%, enquanto as da PDD recuaram 2,3%. O declínio foi causado pela decepção entre os investidores, que esperavam medidas mais ativas de estímulo econômico por parte das autoridades chinesas. As expectativas de novos passos para apoiar a economia em desaceleração não se concretizaram, aumentando o pessimismo sobre os riscos macroeconômicos globais.
Balanço de poder: mais ações subindo do que caindo
Apesar das preocupações com as empresas chinesas, o cenário geral nas bolsas dos EUA foi positivo. Na Bolsa de Valores de Nova York, o número de ações que subiram superou o de ações que caíram na proporção de 1,31 para 1. A sessão registrou 339 novas máximas e apenas 49 novas mínimas. O Nasdaq também viu uma predominância de alta, com 2.164 ações subindo contra 2.113 caindo, uma proporção de 1,02 para 1.
Recordes e antirrecordes: quem está liderando o mercado
O índice S&P 500 mostrou crescimento confiante, estabelecendo 52 novas máximas em 52 semanas e apenas duas novas mínimas. No Nasdaq, o cenário foi menos claro, com 88 ações atingindo novas máximas enquanto 133 registraram novas mínimas anuais, refletindo um sentimento misto entre os investidores.
Volumes permanecem abaixo da média
Os mercados de ações dos EUA estiveram moderados, com 11,09 bilhões de ações negociadas no dia, abaixo da média de 12,04 bilhões das últimas 20 sessões. Esse número reflete uma abordagem cautelosa dos participantes do mercado, que estão monitorando de perto os sinais econômicos e políticos globais.
Mercados globais: MSCI sobe pelo segundo dia consecutivo
Nos mercados globais, o índice MSCI, que acompanha ações em todo o mundo, subiu 0,43%, ganhando 3,61 pontos, chegando a 848,39. Foi o segundo dia consecutivo de alta, indicando que o sentimento dos investidores está se estabilizando. Na Europa, o índice STOXX 600 subiu 0,66%, apoiado pelas montadoras que se recuperaram de uma queda no dia anterior. Dados positivos do setor europeu deram esperança de que as maiores empresas da região estão lidando com os desafios atuais.
Índices chineses sofrem grandes perdas
Enquanto isso, o mercado chinês viu a tendência oposta. O Shanghai Composite e o CSI300 fecharam em forte baixa, registrando sua maior queda diária desde fevereiro de 2020, sinalizando crescentes preocupações entre os investidores sobre as perspectivas futuras da segunda maior economia do mundo. O fim da recuperação das ações chinesas destaca a fragilidade do sentimento e a incerteza em torno das futuras ações de Pequim.
China se prepara para anunciar novos detalhes de estímulo
A Administração Geral de Informações da China anunciou que o Ministério das Finanças deverá revelar planos de estímulo fiscal para apoiar a economia em desaceleração no sábado. Os investidores estão apreensivos antes da conferência de imprensa, pois as novas medidas de Pequim determinarão a trajetória futura do crescimento econômico do país, que tem enfrentado dificuldades nas últimas semanas devido à demanda interna fraca e a um ambiente externo instável.
Rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA sobem com sinais do Fed
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram após a divulgação da ata do Federal Reserve e os comentários da presidente do Fed de Dallas, Laurie Logan. A dinâmica também foi influenciada por um leilão bem-sucedido de notas de 10 anos. O rendimento do título de referência subiu 3,8 pontos-base, chegando a 4,073%, indicando expectativas crescentes de novos aumentos de juros. Enquanto isso, o rendimento do título de 2 anos, mais sensível a taxas de curto prazo, subiu 4,3 pontos-base, atingindo 4,022%.
Títulos rompem nível-chave: o que vem a seguir?
No início desta semana, o rendimento da nota do Tesouro de 10 anos ultrapassou a barreira psicológica de 4% pela primeira vez em dois meses. Esse nível é considerado pelos analistas como um importante indicador do estado do mercado de crédito, aumentando as preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento econômico dos EUA. Rendimentos mais altos também podem pressionar os custos de empréstimos para empresas e consumidores.
FX: dólar se fortalece contra euro e iene
O dólar norte-americano se fortaleceu em relação às principais moedas globais, impulsionado pela alta nos rendimentos dos títulos. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de seis divisas, subiu 0,42%, atingindo 102,92 pontos. Ao mesmo tempo, o euro caiu 0,38%, sendo negociado a $1,0938. O dólar também se valorizou significativamente em relação ao iene japonês, subindo 0,76%, chegando a 149,32 ienes por dólar, refletindo as expectativas crescentes dos investidores quanto ao aperto da política monetária nos EUA.
Libra britânica sob pressão
Por outro lado, a libra esterlina enfraqueceu, caindo 0,34% para $1,3059 em meio à contínua incerteza sobre as perspectivas econômicas do Reino Unido e as possíveis ações do Banco da Inglaterra. Os investidores estão cautelosos com a moeda britânica, aguardando mais dados sobre a inflação e a atividade no setor de serviços.
Queda do petróleo: o impacto dos estoques e dos riscos geopolíticos
Os preços do petróleo continuam a cair pelo segundo pregão consecutivo, apesar dos riscos geopolíticos e das potenciais interrupções no fornecimento. O principal fator por trás da queda é o aumento dos estoques de petróleo nos EUA, gerando preocupações sobre um possível excesso de oferta. O preço do petróleo WTI caiu 0,45%, sendo negociado a $73,24 por barril. Os futuros do Brent também encerraram o dia em queda, recuando 0,78%, para $76,58 por barril.
Geopolítica e clima: o que está evitando uma queda maior nos preços?
No entanto, o declínio nas cotações foi limitado pela ameaça de interrupções no fornecimento devido às tensões no Oriente Médio e aos efeitos do furacão Milton, que está assolando os Estados Unidos. Potenciais interrupções na produção e transporte de energia estão evitando uma queda mais acentuada nos preços, sustentando o sentimento do mercado enquanto os participantes aguardam novos sinais sobre a situação da oferta no mercado global de petróleo.