Essa tendência refletiu-se no aumento de 0,3% no preço do contrato de março do petróleo bruto Brent, atingindo US$ 80,24 por barril. Uma dinâmica semelhante foi observada com o petróleo bruto West Texas Intermediate, que teve uma valorização de 0,3%, alcançando US$ 75,31 por barril.
Toshitaka Tadzawa, analista da Fujitomi Securities, destacou o papel da redução das reservas de petróleo dos EUA e as expectativas em relação à recuperação econômica da China como os principais fatores impulsionando o crescimento dos preços do petróleo. Ele também observou que a instabilidade política no Oriente Médio está incentivando os investidores a comprar petróleo.
De acordo com a Administração de Informações sobre Energia dos EUA, os estoques de petróleo bruto diminuíram em 9,2 milhões de barris, superando em muito a previsão dos analistas de 2,2 milhões de barris. Essa diminuição foi devida a uma redução nas importações e ao fechamento de refinarias devido ao mau tempo, que restringiu a circulação de veículos.
A economia chinesa também impactou o mercado de petróleo. O Banco Popular da China anunciou uma redução significativa no índice de exigência de reservas bancárias, sugerindo uma injeção de cerca de US$ 140 bilhões na economia, o que pode ser um forte impulso para o crescimento econômico.
Um aspecto importante foi a queda na produção interna de petróleo dos EUA. Bob Yager, Diretor de Futuros de Energia da Mizuho, observa que a produção em Bakken foi particularmente afetada, sofrendo uma queda significativa.
Em meio ao congelamento do Ártico, a produção de petróleo dos EUA caiu para uma baixa de cinco meses, atingindo apenas 12,3 milhões de barris por dia. As autoridades da Dakota do Norte declararam que a restauração da produção de petróleo no estado, um dos principais participantes da extração de xisto, pode levar cerca de um mês após os graves danos causados pelas condições climáticas extremas.
Dessa forma, eventos nos EUA e na China estão moldando novas tendências no mercado global de petróleo, demonstrando a interação entre as estratégias econômicas e os fenômenos naturais na economia global atual.