China continuará sendo a força motriz da economia global

Esse otimismo se baseia nas medidas de estímulo adotadas por Pequim para atrair investimentos e impulsionar a atividade econômica. No entanto, os rendimentos dos títulos do governo chinês de 10 anos atingiram mínimas históricas, o que reflete a cautela dos investidores diante de uma demanda interna enfraquecida e das persistentes pressões deflacionárias. Essa combinação sugere que, embora as políticas de estímulo sejam positivas, o cenário econômico ainda carece de estabilidade.

Além disso, a economia chinesa enfrenta desafios estruturais significativos, como o enfraquecimento do setor imobiliário, a dependência excessiva de estímulos estatais e o envelhecimento acelerado da população, estes fatores que podem limitar o crescimento sustentável a longo prazo.

Em meio a esse cenário, Pequim se prepara para lidar com o impacto das tarifas prometidas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que devem atingir setores estratégicos como tecnologia e manufatura. Em resposta, as autoridades chinesas estão desenvolvendo estratégias de contingência para proteger sua economia e fortalecer suas relações comerciais com outras regiões, como a Ásia e a Europa.

Enquanto busca minimizar os riscos econômicos, Xi Jinping também adota um discurso conciliatório. O líder chinês pediu aos EUA que normalizem as relações bilaterais e evitem uma guerra comercial, ressaltando que "não haverá vencedores" em conflitos tarifários, comerciais ou tecnológicos. Para ele, tais embates "vão contra os princípios econômicos" e comprometem o desenvolvimento global.

Por outro lado, analistas sugerem que a postura de Xi Jinping reflete tanto um esforço diplomático quanto a necessidade de conter as vulnerabilidades econômicas internas. A capacidade da China de equilibrar esses desafios será crucial para sustentar seu papel como uma das principais forças econômicas globais.