Adesão ao euro: Polônia permanece relutante

A Polônia enfrenta um intenso debate sobre seu futuro econômico: adotar o euro ou preservar o złoty? A maioria dos cidadãos rejeita a troca de sua moeda nacional pela moeda única europeia. Além dos cidadãos, muitos políticos poloneses também demonstram resistência à ideia.

Um estudo recente da fundação THINK revelou que apenas 23% dos poloneses apoiam a introdução do euro, enquanto 48% se opõem. O restante parece indeciso, refletindo a persistência de um tema que divide opiniões há anos.

As preocupações centrais giram em torno dos potenciais impactos negativos da adoção do euro. Entre os principais receios estão o aumento dos preços, a necessidade de cortes nos gastos e uma possível queda no PIB. Em suma, muitos poloneses acreditam que ingressar na zona do euro traria mais desvantagens do que benefícios.

Esse debate não é exclusivo da Polônia. Entre os 10 países que aderiram à União Europeia em 2004, a resistência ao euro é especialmente forte na Polônia, Hungria e República Tcheca. No caso polonês, discussões sobre a moeda única ocorrem há anos, frequentemente alimentadas por pesquisas que os políticos utilizam para justificar sua posição contrária.

Adam Glapiński, presidente do Banco Central da Polônia, declarou que, enquanto estiver no cargo, o país não ingressará na zona do euro. Em 2017, o então vice-primeiro-ministro Mateusz Morawiecki afirmou que a mudança para o euro seria inviável por pelo menos uma década. Segundo ele, a Polônia só consideraria a adesão quando sua economia alcançasse o nível de desenvolvimento de países como Alemanha, França e Holanda.

Com as eleições se aproximando e o debate ainda acalorado, o futuro do złoty permanece incerto. A questão da adesão ao euro continua sendo uma das mais polêmicas e divisivas no cenário político polonês.