Dados preliminares mostram crescimento da zona do euro supera as previsões

A economia europeia está se esforçando para se manter à tona, e os números mais recentes indicam que esses esforços estão começando a dar frutos. De acordo com o Eurostat, o produto interno bruto (PIB) da zona do euro avançou 0,4% entre julho e setembro de 2024, evidenciando um aumento no impulso econômico em comparação com o trimestre anterior. A estimativa preliminar aponta para uma expansão anual de 0,9%, superando as expectativas dos analistas.

Entre os países da zona do euro, algumas economias se destacaram. A Alemanha registrou uma leve alta de 0,2% no PIB, enquanto a França apresentou um aumento de 0,4%, refletindo a recuperação gradual de setores estratégicos como turismo e indústria, após a turbulência dos últimos anos. A Espanha obteve um desempenho robusto com uma expansão de 0,8%, enquanto a Itália não apresentou variação significativa no período.

As previsões dos especialistas consultados pela Trading Economics indicavam um crescimento de 0,2% em relação ao trimestre anterior e 0,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, tornando os números finais do Eurostat quase o dobro do esperado.

No segundo trimestre de 2024, a economia do bloco também apresentou sinais positivos, com uma alta de 0,2% em relação ao trimestre anterior e 0,6% comparado ao ano passado. Embora esses números sejam encorajadores, o ex-presidente do BCE, Mario Draghi, alertou para a necessidade de ações rápidas. Ele pediu aos líderes da União Europeia que adotem medidas para impulsionar ainda mais o crescimento econômico, pois, sem isso, a região corre o risco de enfrentar uma estagnação prolongada.

Draghi citou projeções que indicam que a força de trabalho da região poderá diminuir em quase 2 milhões de trabalhadores por ano até 2040. Ele também expressou preocupação com os altos preços da energia, que são significativamente mais elevados do que nos Estados Unidos e representam um “desafio existencial” para a economia europeia. Diante dessa realidade, os líderes da UE podem se ver diante de uma escolha crucial: manter sua liderança tecnológica ou preservar seu papel como um “farol de responsabilidade climática”, acrescentou Draghi.