Os analistas do Citi estão se preparando para um início interessante em 2025. O banco prevê que o petróleo, a veia vital da economia global, está prestes a viver um novo capítulo no próximo ano, e seu preço pode disparar, com um aumento de até 62%. Mas como isso é possível? O fato é que até mesmo uma pequena escalada no conflito no Oriente Médio poderia elevar os preços do petróleo para US$ 120 por barril no primeiro trimestre.
O Citi propõe um cenário em que Israel pode reagir aos disparos de foguetes do Irã não apenas verbalmente, mas também por meio de ações, impactando gravemente os ativos petrolíferos de Teerã. Eric Lee, especialista em energia do Citi, declara que tais medidas poderiam eliminar vários milhões de barris diários das exportações.
Contudo, a previsão mais modesta do banco indica que os preços do petróleo provavelmente se manterão próximos a US$ 74 por barril em 2025, antes de despencar para US$ 60. Assim, mesmo com as especulações, um crescimento de 62% está longe de ser assegurado. É importante destacar que Israel já anunciou que não tem planos de atacar as instalações petrolíferas iranianas, focando, em vez disso, em metas militares. Portanto, atualmente, as possibilidades de o mercado entrar em colapso devido a interrupções no fornecimento parecem reduzidas.
Ainda assim, se há algo constante neste mundo, é a imprevisibilidade. Lee ressalta que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e outros integrantes da OPEP+ têm a capacidade de intervir para suprir eventuais lacunas no mercado, caso ocorram problemas, podendo fornecer até 6 milhões de barris diários. Assim, se alguém tentar desencadear uma crise de pânico no mercado petrolífero, a OPEP+ terá reservas suficientes para acalmar a situação.
Além disso, a demanda por petróleo não está crescendo, uma vez que a China, um dos principais compradores, enfrenta dificuldades econômicas. Lee declara claramente que este é um mercado onde qualquer alteração se assemelha a um código binário: ou é tudo ou nada. Portanto, o Citi aconselha prudência, pedindo que não nos deixemos levar por impulsos.
Não é apenas o Citi que está apreensivo com um eventual aumento de preços. Outros especialistas também identificam potencial, mas acreditam que a probabilidade de interrupções no fornecimento iraniano não é tão alta. Até mesmo a Arábia Saudita manifestou preocupações, afirmando que, em sua visão, a OPEP+ já está fornecendo mais petróleo do que o necessário. Assim, em vez de um aumento nos preços, poderemos presenciar uma queda de até 33%.
Então, o que está previsto para 2025? Os preços vão subir ou cair? De qualquer forma, o mercado petrolífero certamente nos manterá vigilantes!