O petróleo, como principal fonte de energia global, exerce uma influência significativa sobre as economias mundiais, e suas cotações estão sujeitas a constantes flutuações. Recentemente, o governo da Arábia Saudita decidiu aumentar os preços do petróleo para compradores asiáticos, justificando essa ação pela crescente volatilidade do mercado, especialmente devido à escalada do conflito no Oriente Médio.
A empresa estatal de petróleo, Saudi Aramco, aumentou o preço de seu principal petróleo bruto, o Arab Light, em 90 centavos, elevando o prêmio para US$ 2,20 por barril. Os especialistas esperavam um aumento mais modesto, de 65 centavos, mas a estatal os surpreendeu, embora também tenha reduzido os preços do petróleo nos Estados Unidos e na Europa.
Os preços do petróleo dispararam no início de outubro, após o Irã realizar ataques com mísseis contra Israel em resposta a ataques no Líbano, resultando em uma alta superior a 8% no petróleo Brent. Em 7 de outubro, os contratos futuros do Brent para dezembro eram negociados a US$ 77,70 por barril, uma leve queda em relação aos valores máximos do final de agosto, quando estavam em US$ 79,30.
A situação geopolítica atual não teve um impacto significativo no mercado de hidrocarbonetos. Em 2024, diversos conflitos regionais não causaram interrupções no fornecimento, levando os participantes do mercado a se concentrarem nas crescentes preocupações com a fraca demanda de petróleo, especialmente da China. Especialistas temem que o mercado global possa enfrentar um déficit de petróleo.
Além disso, a OPEP+ adiou em dois meses um aumento de produção planejado, agora previsto para iniciar em dezembro de 2024, e a aliança não deverá seguir com o plano de reverter os cortes de produção em outubro e novembro. Em função dessas condições, alguns especialistas preveem que as exportações da Arábia Saudita podem permanecer abaixo de 6 milhões de barris diários, como tem ocorrido nos últimos quatro meses.