Apple é acusada de violar direitos trabalhistas

De acordo com a Reuters, a liderança da Apple, gigante da tecnologia, está no centro de uma polêmica envolvendo acusações de violação de direitos trabalhistas e práticas anticompetitivas.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos (NLRB) apresentou uma queixa contra a empresa, alegando que ela está infringindo os direitos dos empregados e dificultando os esforços para melhorar as condições de trabalho.

O NLRB afirma que a administração da Apple teria implementado regras ilegais de conduta no ambiente de trabalho, exigindo que seus colaboradores nos EUA assinassem acordos de confidencialidade, não divulgação e não concorrência, considerados ilegais pelo órgão. Além disso, a empresa teria imposto normas excessivamente rígidas sobre o comportamento dos funcionários nas redes sociais.

A Apple já tem um histórico de denúncias. Em 2021, Ashley Gjovik, ex-engenheira sênior da Apple, acusou a empresa de criar normas que impediam os funcionários de discutir a equidade salarial, além de discriminação de gênero e outras violações. Gjovik também alegou que a Apple adotou medidas ilegais contra ela após suas queixas ao NLRB e seus esforços para mobilizar outros funcionários. As informações indicam que a gigante da tecnologia teria demitido funcionários críticos aos gestores e interferido em atividades sindicais.

As acusações contra a Apple vão além das práticas trabalhistas. Em agosto de 2021, a Comissão Europeia acusou a gigante de Cupertino de adotar práticas anticompetitivas no mercado de aplicativos de streaming. Um representante da Comissão afirmou que a empresa cobrava taxas exorbitantes dos desenvolvedores na App Store, limitando a concorrência e prejudicando os consumidores, sem informá-los sobre alternativas de assinatura.