Os especialistas da Bloomberg reconhecem que a economia da Alemanha enfraqueceu em todos os setores, o que exige medidas de estímulo urgentes.
Os temores dos analistas em relação a uma recessão na Alemanha são justificados e se intensificaram após o rebaixamento das perspectivas de negócios do país.
Os principais especialistas não preveem uma recuperação rápida para a maior economia da Europa, e esse pessimismo é corroborado por pesquisas recentes. O índice de expectativas econômicas do Instituto Ifo caiu para 86,3 pontos em setembro, em comparação com 86,8 pontos no mês anterior. Este é o nível mais baixo desde fevereiro de 2024. O presidente do Ifo, Clemens Fuest, afirmou que o calcanhar de Aquiles da economia alemã são os problemas na fabricação. O mal-estar é evidente em diversos setores, incluindo engenharia mecânica, indústrias químicas, automotivas e de equipamentos elétricos.
A situação atual foi exacerbada pelos problemas no setor de serviços da Alemanha. A Bloomberg informa que a desaceleração econômica no país foi confirmada após um sério declínio no setor automotivo, que é fundamental para a economia alemã. Os analistas do Bundesbank consideram improvável uma recessão, embora não descartem a possibilidade de a economia já ter entrado em contração. Como resultado, a expectativa é de que a economia alemã enfrente outra contração no terceiro trimestre de 2024.
Diante desse cenário, os economistas tiveram de rebaixar suas previsões para o ano corrente. Entretanto, nem todos estão pessimistas; alguns analistas esperam apenas um leve declínio. Anteriormente, Clemens Fuest alertou sobre os riscos de “crescimento negativo”, mas o país ainda mantém uma relativa estabilidade econômica. No entanto, o aumento da renda disponível ainda não se traduziu em consumo. Em uma situação como essa, um aumento na taxa de poupança indica que os cidadãos estão preocupados com o futuro.
Robin Winkler, chefe do departamento econômico da divisão de pesquisa do Deutsche Bank, declarou anteriormente que a indústria da Alemanha está enfrentando a recessão mais dolorosa desde a formação da república em 1945.