A economia dos Estados Unidos enfrenta desafios. O déficit comercial do país aumentou significativamente em julho, atingindo seu nível mais alto em dois anos, de acordo com o Business Insider.
Dados do Departamento de Comércio dos EUA revelaram que, no auge do verão, o déficit comercial cresceu para US$ 78,8 bilhões, em comparação com a cifra revisada de US$ 73 bilhões registrada em junho. Especialistas atribuem esse aumento a problemas relacionados às importações.
Os economistas projetavam um déficit comercial entre US$ 73,1 bilhões e US$ 79 bilhões. Embora o déficit de julho tenha ficado ligeiramente abaixo das expectativas, foi o maior desde junho de 2022. Há dois anos, o déficit chegou a US$ 81,2 bilhões.
A redução do déficit comercial até o final do trimestre não deve alterar o cenário geral. Matthew Martin, economista sênior da Oxford Economics, estima que o crescimento do PIB pode desacelerar em 0,4% no terceiro trimestre de 2024, devido ao impacto do comércio líquido.
Analistas explicam que um aumento de 2,1% nos custos de importação, totalizando US$ 345,4 bilhões, contribuiu para o crescimento do déficit comercial. Em junho, as importações haviam subido 0,7%, alcançando US$ 338,3 bilhões. O aumento nas importações de bens de capital, como acessórios de computador e materiais industriais, também foi significativo.
O valor das exportações em julho cresceu 0,5%, chegando a US$ 266,6 bilhões. Após um aumento de 1,7% em junho, as exportações somaram US$ 265,3 bilhões. No entanto, o saldo geral permaneceu inalterado, apesar do aumento expressivo nas exportações de semicondutores e de serviços. A queda nas exportações de carros de passageiros e joias, como diamantes, compensou esses ganhos.
O Departamento de Comércio dos EUA também informou que o déficit de bens aumentou para US$ 103,1 bilhões em julho, em comparação com US$ 97,5 bilhões em junho. Por outro lado, o superávit de serviços recuou para US$ 24,3 bilhões, ante US$ 24,5 bilhões no mês anterior.