A vitória eleitoral de Donald Trump foi um revés para a prata, uma vez que a ameaça de tarifas paira sobre a sua procura industrial. No entanto, o metal ainda tem vários fatores-chave que podem apoiar os aumentos de preços no próximo ano.
Um dos principais impulsionadores do mercado de prata é a crescente demanda na China, líder no consumo industrial do metal, especialmente na fabricação de componentes elétricos e eletrônicos. A Índia também desempenha um papel crucial nesse cenário, sustentando a demanda global com sua procura consistente e robusta.
Outro fator importante é a trajetória incerta da política monetária da Reserva Federal. Embora o cenário em setembro parecesse mais claro, agora há dúvidas sobre o ritmo das futuras reduções nas taxas de juros. Ainda assim, analistas esperam que cortes adicionais, previstos para 2025, impulsionem os preços da prata. As projeções indicam duas ou três – ou até mais – reduções nas taxas, o que historicamente beneficia os mercados de metais preciosos. Quando as taxas de juros caem, investidores geralmente migram para ativos tangíveis, como a prata, em busca de proteção e valorização.
O ano de 2024 foi excepcional para a commodity, com o preço do metal registrando alta de aproximadamente 27% a 28%, mesmo em um contexto de relativa estabilidade. Para 2025, as estimativas apontam para uma média de US$ 32-33 por onça, com picos possíveis de até US$ 36-38.
A prata continua a ser um recurso estratégico, com seu futuro estreitamente vinculado a tendências globais como a Revolução Verde, que deve reforçar ainda mais sua relevância nos mercados.
Durante a noite, os preços da prata ganharam impulso e ultrapassaram $31 por onça.