E o tom positivo nos mercados de ações contribui ainda mais para a saída de fundos do metal precioso.
Em paralelo, os mercados avaliam a alta probabilidade de um corte nas taxas do Fed em setembro e dezembro. As esperanças em relação à probabilidade de redução dos custos de empréstimos foram reforçadas pelo PMI do ISM dos EUA, publicado na segunda-feira, e que deixou claro que junho é o terceiro mês consecutivo em que o setor industrial está encolhendo. Os preços pagos pelas fábricas pelas matérias-primas caíram para um mínimo de seis meses. Isso, combinado com uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, pode limitar o crescimento do dólar americano. Além disso, os problemas econômicos da China, os riscos geopolíticos e a incerteza política devem apoiar o metal precioso.
Do ponto de vista técnico, o preço do ouro continua tentando superar a SMA de 50 dias, que atualmente está atrelada à área de US$ 2.337 e atua como um ponto de referência importante. Um fortalecimento constante além dela abrirá o caminho para o próximo obstáculo na zona de oferta de US$ 2.360. As compras subsequentes permitirão que os touros recuperem o nível redondo de US$ 2.400, visando superar a máxima histórica na área de US$ 2.450, alcançada em maio.
Por outro lado, a fraqueza abaixo da área de US$ 2.315 pode encontrar suporte no nível redondo de US$ 2.300 antes do nível horizontal de US$ 2.285. O fracasso em defender esses níveis de suporte será visto como um novo estímulo para os ursos, reduzindo o preço do ouro para a SMA de 100 dias, atualmente na área de US$ 2.260. Em última análise, a trajetória descendente pode levar o XAU/USD para a área de US$ 2225 - 2220 no caminho para o nível redondo de US$ 2200.