Análise do par GBP/USD em 18 de junho. O mercado ainda tem dúvidas sobre as vendas da libra.

A análise de ondas do GBP/USD precisa ser simplificada e esclarecida. Uma tentativa bem-sucedida de ultrapassar o nível de Fibonacci de 50,0% em abril indicava a possibilidade de formação de uma onda descendente 3 ou C, mas desde então temos observado apenas movimentos ascendentes. A falta de queda no instrumento nas últimas semanas levanta dúvidas sobre a disposição do mercado para realizar vendas.

Atualmente, ainda é possível prever a formação da onda 3 ou C, com alvos abaixo da mínima da onda 1 ou A, em torno da marca de 1,2035. Portanto, é esperada uma queda de pelo menos 700-800 pontos-base em relação aos níveis atuais da libra. Com essa queda, a onda 3 ou C seria relativamente pequena, sugerindo a possibilidade de uma queda ainda maior nas cotações. A conclusão completa da onda 3 ou C pode levar bastante tempo, dado que a onda 2 ou B levou 5 meses para se formar, e esta foi apenas uma onda corretiva. A recente tentativa malsucedida de romper acima da marca de 1,2822 sugere um viés de baixa renovado.

O mercado acordou, e a demanda por dólares americanos aumentou ligeiramente

A taxa de câmbio GBP/USD caiu 15 pontos-base na terça-feira. A queda poderia ter sido maior e pode aumentar ainda mais, pois há apenas uma hora foi divulgado o relatório de vendas no varejo dos EUA, que ficou 0,1% abaixo das expectativas de mercado. Na minha opinião, uma diferença de 0,1% não é suficiente para fazer o dólar americano cair de 50 a 60 pontos-base. Portanto, é mais provável que a queda do dólar já tenha se encerrado quando esta análise for publicada. No entanto, a demanda geral pelo dólar americano continua crescendo de forma lenta e relutante. Ainda estou avaliando se a formação da onda ascendente 2 ou B foi concluída. Parece que sim, mas a libra tem mostrado alguma surpresa recentemente.

Também gostaria de lembrar que o Reino Unido divulgará seu relatório de inflação amanhã. Não espero uma forte reação do mercado a este relatório, já que no mês anterior, quando a inflação diminuiu 0,9%, a reação do mercado foi de cerca de 50 pontos-base, na melhor das hipóteses. Portanto, a libra pode subir 50 pontos, o que não deve afetar a análise da onda atual. A reunião do Banco da Inglaterra é ainda mais importante, e há a possibilidade de surpresas. O BoE poderia reduzir a taxa de juros já na quinta-feira, mas a probabilidade é baixa. Se a reunião ocorrer conforme o cenário básico, o mercado estará atento às declarações de Andrew Bailey, que podem ser dovish, mas merecem atenção.

Conclusões gerais:

O padrão de onda para o par GBP/USD ainda sugere uma queda. Estou considerando vender o par com alvos abaixo da marca de 1,2039, já que a onda 3 ou C ainda não foi cancelada. O par reverteu próximo à marca de 1,2822, não muito longe do pico da presumida onda 2 ou B, o que torna a venda do par uma opção viável com alvos iniciais em torno da marca de 1,2315. No entanto, é importante agir com cautela, pois ainda não há garantia de uma mudança de sentimento de mercado para baixa.

Em uma escala de onda maior, o padrão de onda é ainda mais indicativo. A fase corretiva descendente da tendência continua a se desenvolver, e sua segunda onda assumiu uma forma estendida, alcançando 76,4% da primeira onda. Uma tentativa malsucedida de ultrapassar essa marca poderia sinalizar o início da construção da onda 3 ou C, mas atualmente uma onda corretiva está sendo formada.

Os princípios básicos de minha análise:

1) As estruturas de onda devem ser simples e compreensíveis. As estruturas complexas são difíceis de serem executadas, pois geralmente trazem mudanças.

2) Se você não tiver certeza do que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar nele.

3) Não há certeza absoluta quanto à direção do movimento e nunca poderá haver. Não se esqueça das ordens de proteção Stop Loss.

4) A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.