Os metais preciosos estão começando 2024 com uma nota positiva em meio às expectativas de um corte nas taxas do Federal Reserve.
Se a inflação continuar a desacelerar e a atividade econômica também desacelerar, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro continuar a cair e o dólar se enfraquecer, esse cenário será muito favorável para o ouro. Em 2024, poderemos ver um forte aumento no preço desse metal amarelo. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, há 86% de chance de um corte nas taxas do Fed já em março.
Diante do recente aumento nos preços do ouro, que subiram de uma baixa de US$ 1.982 em 13 de dezembro para uma alta pré-Ano Novo de mais de US$ 2.088, a questão da deterioração das condições de liquidez ainda pode suscitar dúvidas sobre esse movimento ascendente. Contudo, com a proximidade da reunião do Federal Reserve (Fed) e a chegada da primavera, há fortes argumentos a favor de uma nova valorização do ouro.
O cenário atual para o ouro é de duas possibilidades: uma ascensão ou uma queda significativa, seguida pela recompra de posições compradas pelos investidores. Considerando todas as circunstâncias, seria surpreendente se janeiro fosse um mês tranquilo. No entanto, há ainda incertezas em relação aos preços relativamente altos do ouro nesta semana.
Olhando para todo o mês de janeiro, as questões de liquidez no contexto geopolítico e macroeconômico sugerem que os preços do ouro têm potencial para continuar em alta, possivelmente atingindo novos recordes ainda em janeiro. No atual contexto, a trajetória ascendente parece ser a mais provável, com uma meta inicial em torno de US$ 2.100 por onça.
A demanda crescente recente impulsionou uma nova alta histórica na faixa de preços de US$ 2.150 por onça.
Apesar do recuo em relação à máxima histórica, compradores podem superar de forma consistente a área de resistência chave, testada várias vezes nos últimos anos, localizada perto do marco de US$ 2.100.
Do ponto de vista técnico, espera-se que o ouro possa testar novamente o suporte na faixa de US$ 2.053.