As importações líquidas de ouro da China via Hong Kong caíram pelo segundo mês consecutivo em outubro, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira pela Reuters. Isso se deve à recuperação econômica desigual que afeta a demanda. Em outubro, as importações caíram 23%, para 26.793 toneladas métricas, em comparação com as 34.757 toneladas de setembro.
O Banco Popular da China controla a quantidade de ouro que entra no país por meio de cotas estabelecidas para os bancos comerciais do país. É provável que a instabilidade econômica atual impeça os consumidores de realizar gastos discricionários significativos, o que pode diminuir a demanda por ouro.
É provável que os dados de Hong Kong não reflitam totalmente o quadro completo das compras chinesas, já que o ouro também é importado por Xangai e Pequim. Em outubro, os preços ao consumidor na China diminuíram, com indicadores de fraqueza da demanda interna não vistos desde a pandemia. Enquanto isso, o índice de preços de fábrica do país inclinou-se ainda mais para a deflação, piorando as perspectivas de recuperação econômica geral.
Os lucros das empresas industriais chinesas continuaram a crescer pelo terceiro mês consecutivo em outubro, embora em um ritmo mais lento, sugerindo que pode ser necessário um apoio adicional da política de Pequim para sustentar o crescimento.
De acordo com os dados, houve também uma redução nos embarques de ouro da Suíça para a China na semana passada, apesar de as exportações de ouro suíço para a Índia terem aumentado 60% em comparação com o ano anterior.
No mês passado, os negociantes chineses estavam vendendo ouro com um lucro que variava de US$ 25 a US$ 60 por onça em comparação com os preços globais à vista, com um lucro recorde de cerca de US$ 135 observado em setembro.
Os economistas acreditam que a demanda por ouro provavelmente permanecerá moderada devido aos altos preços até que haja uma reposição dos estoques antes do Ano Novo Chinês.