Zona do euro provavelmente ainda está a caminho de uma recessão.

O euro reagiu modestamente à ligeira melhora nos PMIs da zona do euro. Apesar do pequeno crescimento dos indicadores, ainda não é apropriado falar de uma recuperação da atividade, apenas de sua contração menos ativa. Nesse cenário, uma recessão na Zona do Euro parece muito mais provável, e se uma desaceleração econômica maior pode ser evitada no quarto trimestre deste ano é uma pergunta bastante retórica.

Como os dados mostraram, o índice Índice dos Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global de novembro diminuiu novamente, atingindo a marca de 47,1 pontos, embora tenha sido um pouco mais alto do que os economistas esperavam. O índice ficou abaixo do nível 50, que separa o crescimento da contração da atividade, pelo sexto mês consecutivo. Tanto o setor industrial quanto o de serviços mostraram uma tendência semelhante.

É evidente que a economia da Zona do Euro está atolada na lama, e os dados recentes indicam a possibilidade de uma contração do PIB pelo segundo trimestre consecutivo. Após um declínio de 0,1% no produto interno bruto no terceiro trimestre, os dados de hoje indicam uma situação semelhante, se não pior, que aguarda a economia da zona do euro no quarto trimestre. Os números acima também contrastam fortemente com a previsão da Comissão Europeia de um retorno ao crescimento e com as expectativas dos analistas de estagnação neste trimestre.

As recentes advertências do vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, de que os mercados podem não levar totalmente em conta o risco de um golpe mais forte na economia da Zona do Euro após um ano de aumentos nas taxas de juros e maior tensão política, são evidências de que nem todos estão vendo a situação de forma positiva e fantasiosa. Ele também adverte o mercado para não confundir o desejado com o real.

O relatório indica que as duas principais economias da região estão sob o domínio de uma fraqueza significativa, embora os dados do PMI da Alemanha para novembro mostrem uma situação um pouco melhor do que a da França. O declínio da atividade na Alemanha diminuiu em novembro, sinalizando que o crescimento retornará à maior economia da zona do euro após uma provável recessão este ano. Na França, o Índice dos Gerentes de Compras da S&P Global permaneceu praticamente inalterado em 44,5 pontos.

O relatório da S&P Global também observa que a atividade do setor privado diminuiu mais lentamente do que no mês anterior e menos do que os economistas esperavam. As condições melhoraram tanto no setor industrial quanto no de serviços, com o número de novos pedidos mostrando uma contração moderada.

Alguns acreditam que o PIB da zona do euro permanecerá inalterado no quarto trimestre deste ano. Entretanto, de acordo com as previsões dos economistas do BCE, muitos modelos indicam o perigo de uma nova contração da produção. Os economistas esperam um crescimento do PIB de 0,1%.

O quadro técnico do EUR/USD mostra que os compradores precisam ficar acima de 1,0890 para manter o controle, o que permitirá ultrapassar os níveis 1,0925 e 1,0970. A partir desse nível, é possível subir para 1,1005, mas fazer isso sem o apoio dos principais participantes será bastante problemático. O alvo final será a alta de 1,1400. No caso de um declínio no instrumento de negociação, só espero ações significativas dos principais compradores próximas de 1,0890. Se não houver ninguém por lá, seria bom esperar por um novo teste do mínimo em 1,0860 ou abrir posições de compra a partir de 1,0830.

Quanto ao GBP/USD, a demanda pela libra permanece. Será possível contar com um maior fortalecimento do par somente depois de ganhar controle sobre o nível de 1,2525. A consolidação nessa faixa reavivará as esperanças de recuperação em direção a 1,2560 e 1,2600, após o que será possível falar sobre um aumento mais pronunciado em direção a 1,2630. Se houver uma queda do par, os ursos tentarão assumir o controle em 1,2525. Se tiverem sucesso, um rompimento da faixa dará um golpe nas posições de alta e empurrará o GBP/USD para o mínimo de 1,2485, com a perspectiva de chegar a 1,2450.