S&P 500 na zona de risco: como o Federal Reserve e o PCE afetam as opiniões do mercado.

Mudanças positivas na General Motors: Um dos eventos notáveis no mercado foi o aumento das ações da General Motors, impulsionado pelo anúncio do seu plano de recompra de ações.

Revisão do PIB dos EUA: Além disso, a recente revisão positiva dos dados do PIB dos EUA para o terceiro trimestre trouxe algum otimismo ao mercado, dissipando os temores de uma recessão econômica.

Queda nas ações da Humana e da Cigna: Por outro lado, as ações da Humana e da Cigna apresentaram declínio, seguindo notícias sobre uma possível fusão entre essas empresas.

Mudanças nos principais índices: No contexto geral do mercado, o Dow Jones Industrial Average teve um leve aumento de 0,04%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram quedas de 0,09% e 0,16%, respectivamente.

A situação do mercado continua incerta, especialmente à espera de um importante relatório de inflação de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), previsto para a próxima quinta-feira. Essa expectativa faz com que os investidores adotem uma postura cautelosa, especialmente considerando as recentes declarações dos representantes do Fed, que geram dúvidas sobre a continuidade da sua política atual.

Apesar das flutuações dos índices nos últimos dias, novembro demonstra um crescimento significativo para o S&P 500, encaminhando-se para registrar o maior ganho mensal desde julho de 2022. Especialistas, como Tim Griskie, da Ingalls & Snyder, observam uma consolidação no mercado após um período de ganhos significativos, um fenômeno usual após crescimentos acentuados.

Quanto à política do Fed, as opiniões divergem. Christopher Waller sugere um possível fim do ciclo de aumento das taxas, propondo uma eventual redução para garantir um "pouso suave" da economia e prevenir uma recessão. Essa visão contrasta com outras declarações dos representantes do Fed, criando mais incertezas no mercado.

"O Fed mantém as taxas no momento, mas a abordagem permanece inalterada", acrescentou Griskie. "A economia dos EUA mostra resiliência, não dando motivo para o Federal Reserve cortar as taxas, o que poderia desencadear um aumento da inflação."

Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, enfatizou a importância de manter a flexibilidade diante das mudanças econômicas. Seus comentários refletem a preocupação geral do Fed em equilibrar o estímulo ao crescimento e o controle da inflação.

Essas declarações seguem a revisão do Departamento de Comércio dos EUA sobre a estimativa inicial do PIB do terceiro trimestre, que demonstrou um crescimento, indicando a resiliência da economia. Entretanto, tal crescimento limita as chances do Federal Reserve (Fed) reduzir as taxas em um futuro próximo, especialmente considerando que a inflação ainda está consideravelmente acima da meta de 2%.

O "Livro Bege" do Fed, analisando a atividade econômica em várias regiões, apontou para uma desaceleração em linha com a atual política monetária. Isso indica a abordagem cautelosa do Fed diante das condições econômicas atuais.

Em meio a esses eventos, os principais índices do mercado de ações apresentaram resultados mistos. O Dow Jones Industrial Average subiu ligeiramente, adicionando 13,44 pontos (0,04%) e atingindo 35.430,42. Enquanto isso, o índice S&P 500 caiu 4,31 pontos (0,09%) para 4.550,58, e o índice Nasdaq Composite declinou 23,27 pontos (0,16%), encerrando em 14.258,49.

A dinâmica cautelosa persiste no mercado de ações dos EUA, com investidores e economistas acompanhando de perto cada movimento do Fed e seu impacto nos indicadores econômicos do país.

Dentro dos vários setores representados no índice S&P 500, os setores imobiliário e financeiro lideraram os maiores ganhos percentuais, enquanto o setor de serviços de comunicação sofreu um declínio notável de 1,1%.

No contexto das reações às taxas de juros, as ações das gigantes da tecnologia, Microsoft e Apple, exerceram o maior impacto sobre o índice S&P 500. Essas ações, sensíveis às mudanças nas taxas de juros, influenciaram significativamente a dinâmica do mercado.

O setor de seguros de saúde teve um impacto notável no mercado, com as ações da Humana e do Cigna Group experimentando quedas significativas de 5,5% e 8,1%, respectivamente, após notícias sobre uma possível fusão entre as empresas.

No setor automotivo, as ações da General Motors subiram 9,4% após o anúncio de um plano de recompra de ações no valor de US$ 10 bilhões e um aumento de 33% nos dividendos. As ações da Ford Motor também cresceram 2,1%.

A CrowdStrike Holdings, uma empresa de segurança cibernética, viu suas ações subirem 10,4% após a divulgação de uma previsão de receita para o quarto trimestre que superou as expectativas dos analistas.

As ações da NetApp, uma plataforma de gerenciamento de dados em nuvem, também apresentaram um crescimento impressionante de 14,6% após o aumento na previsão de lucros anuais da empresa.

Na Bolsa de Valores de Nova York, o número de ações em alta superou as ações em queda numa proporção de 2,06 para 1, enquanto na Nasdaq essa proporção foi de 1,51 para 1 a favor das ações em alta.

O índice S&P 500 registrou 30 novas máximas de 52 semanas e uma nova mínima, enquanto o Nasdaq Composite registrou 82 novas máximas e 97 novas mínimas.

O volume de negociação nas bolsas americanas atingiu 11,42 bilhões de ações, ultrapassando a média de 10,45 bilhões de ações dos últimos 20 dias de negociação, indicando um aumento da atividade dos investidores no mercado.

O Índice de Volatilidade CBOE (VIX), indicador-chave da volatilidade esperada do mercado com base nas negociações de opções do S&P 500, aumentou 2,29%, atingindo 12,98. Isso reflete um maior interesse dos investidores em estratégias defensivas diante da atual incerteza do mercado.

No mercado de commodities, os contratos futuros de ouro de dezembro tiveram um aumento moderado de 0,26%, ou US$ 5,25, alcançando US$ 2.000 por onça troy. Isso pode indicar um aumento na demanda por ouro como ativo tradicional de refúgio seguro em períodos de instabilidade econômica.

Entre as commodities de energia, os contratos futuros de janeiro do petróleo bruto americano WTI subiram 1,71%, ou US$ 1,31, para US$ 77,72 por barril. Da mesma forma, os contratos futuros de fevereiro do petróleo bruto Brent aumentaram 1,46%, ou US$ 1,19, para US$ 82,66 por barril. Esse aumento de preço pode estar relacionado a vários fatores econômicos e geopolíticos globais que afetam o mercado de petróleo.

No mercado de moedas, a taxa de câmbio do euro em relação ao dólar americano (EUR/USD) teve uma ligeira alteração, subindo 0,15%, para um nível de 1,10, enquanto o par USD/JPY apresentou uma queda de 0,18%, caindo para 147,22. Essas mudanças refletem as tendências atuais nos mercados de câmbio, onde os investidores monitoram de perto a dinâmica das principais moedas.

O índice futuro do dólar americano (DXY), que reflete o valor do dólar americano em relação a uma cesta das principais moedas, também registrou um aumento de 0,09%, atingindo um nível de 102,74. Isso pode indicar um fortalecimento da moeda americana no cenário internacional.