Futuros do petróleo estendem perdas pela terceira semana consecutiva.

Quando os touros deixam o mercado, e as previsões da OPEP e da AIE certamente mostrarão uma redução na demanda global, nenhum corte de produção da Arábia Saudita poderá dar suporte aos preços do petróleo. A mistura do Mar do Norte foi de baixa pela terceira semana consecutiva. Atualmente, o mercado é dominado pelos ursos.

O terceiro rebaixamento da previsão do Goldman Sachs nos últimos seis meses provocou um colapso no preço do Brent. O banco vê a mistura do Mar do Norte a US$ 86 por barril até o final do ano, em vez dos US$ 95 por barril previstos anteriormente, devido ao excesso de oferta de petróleo no mercado. A revisão das estimativas do Goldman Sachs assustou seriamente os compradores de petróleo.

Variação semanal

Uma série de dados desanimadores da China fez com que os investidores mudassem suas perspectivas sobre a rápida recuperação da economia chinesa. Os riscos de que a Agência Internacional de Energia (IEA) e a OPEP reduzam suas previsões de demanda global aumentaram, o que é um fator negativo para o petróleo bruto. Dados que confirmem uma redução nos estoques globais impulsionariam os preços futuros. No entanto, enquanto os relatórios mostrarem uma situação completamente oposta, é improvável que o Brent consiga subir.

O mínimo de retrocesso (prêmio de escassez) para o petróleo do Mar do Norte desde março, a US$1,1, confirma o mercado de baixa. Essa situação mostra que os investidores têm sérias dúvidas de que a demanda supere a oferta. Por outro lado, o petróleo do Texas está sendo negociado em contango, sinalizando não haver preocupações com escassez de oferta. Independentemente de quanta produção a Arábia Saudita reduza, os traders monitoram cuidadosamente o retrocesso e o contango, quando o preço de um contrato futuro está acima do preço à vista esperado, ao tomar decisões. Não é surpreendente que haja poucos compradores dispostos a adquirir petróleo a preços aparentemente atrativos.

As preocupações de que as novas previsões do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) apresentem taxas de juros mais altas exercem pressão sobre o Brent. Especialistas do Financial Times acreditam que a taxa subirá para 5,75-6%, o que implica em mais 2 ou 3 aumentos. Se o Federal Reserve confirmar essas avaliações, o dólar se fortalecerá. Enquanto isso, o petróleo cotado em dólar americano enfrentará pressão adicional.

Mudança entre PETRÓLEO e DÓLAR (DXY)

A decisão dos bancos centrais da Austrália e do Canadá de retomar o aperto monetário aumentou as preocupações sobre uma recessão econômica global no mercado de petróleo. Quanto mais as taxas de juros aumentarem, maior será a probabilidade de uma desaceleração. Nessa perspectiva, a demanda por petróleo diminuirá, contribuindo para uma queda no preço do petróleo do Mar do Norte.

Do ponto de vista técnico, no gráfico diário, uma queda abaixo do nível de Fibonacci de 88,6% da onda 4-5 do padrão de Cunha Expansiva é motivo de preocupação. Se o petróleo não conseguir se consolidar acima de $73,1 ou se recuperar das resistências em $74,3-74,5 e $75,15, será gerado um sinal de venda.