O índice de preços ao consumidor americano (IPC) de 7,9% coincidiu com as expectativas do mercado, que previa um aumento na pressão de preços após uma situação geopolítica muito tensa na Ucrânia. Os dados mais recentes seguem um aumento de 7,5% ano a ano em janeiro.
Após as notícias sobre a inflação, que subiu para 7,9% em fevereiro, permanecendo a uma alta de 40 anos, os instrumentos reagiram de forma diferente a este evento.
Reagindo imediatamente aos dados, o ouro subiu para máximos diários mas não conseguiu sustentar os ganhos e mergulhou abaixo de US$ 2.000 a onça.
O par EURUSD subiu no momento, mas depois as cotações diminuíram durante toda a sessão americana:
Em uma base mensal, o índice central subiu 0,8% em fevereiro, após subir 0,6% em janeiro, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Em comparação com o ano passado, a inflação básica, que exclui a volatilidade dos preços de alimentos e energia, acelerou para 6,4%. O crescimento mensal justificou as expectativas do mercado, adicionando 0,5%.
Os maiores aumentos de preços foram registrados para gasolina, alimentos e habitação. Em fevereiro, o índice da gasolina subiu 6,6% e chegou a quase um terço do aumento mensal em todas as posições. Outros indicadores do componente energético foram mistos. O índice de alimentos subiu 1,0%. Estes são os números mais altos desde abril de 2020.
Os dados da inflação de fevereiro são os últimos dados decisivos antes da reunião da Reserva Federal. Na semana passada, o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, testemunhou que apesar da incerteza econômica associada à geopolítica na Ucrânia, ele apoiaria o tradicional aumento da taxa de 25 pontos de base.
Segundo a economista do CIBC Capital Markets, Katherine Judge, dados econômicos dos preços ao consumidor refletindo um pico nos preços da energia e renovadas perturbações na cadeia de abastecimento devido a tensões geopolíticas, o Fed não precisa esticar a subida da taxa em 25 pontos-base quatro vezes ao ano.