Enquanto a OPEP e seus aliados se preparam para outra decisão sobre a produção de petróleo, os produtores acreditam que sua abordagem cautelosa está valendo a pena.
Há três semanas, a coligação liderada pela Arábia Saudita foi amplamente criticada por não apoiar a retomada da produção de petróleo. Mas o Ministro da Energia, o Príncipe Abdulaziz bin Salman, deixou claro que ele não dependerá de previsões e acreditará que a demanda tenha se recuperado apenas quando ele ver.
Em 1 de abril, a OPEP e seus aliados farão uma reunião para discutirem seus próximos planos sobre a produção de petróleo. Muitos esperam que eles pensarão em aumentar a taxa. Porém, muitos também acreditam que eles manterão as restrições atuais, já que seus cortes anteriores de fornecimento ajudaram a subir os preços do petróleo por mais de 20%, apesar das restrições na demanda.
Na verdade, de acordo com Reuters, a Arábia Saudita está pronta para estender os cortes de fornecimento para maio e junho e também continuar seu corte adicional de 1 milhão de bpd.
Em fevereiro, a Arábia Saudita se voluntariou a remover mais de 1 milhão na sua fabricação, para poder abrir caminho para a Rússia e Cazaquistão, já que ambos pediram permissão para aumentarem sua produção para fevereiro e março.
Desde então, a OPEP tem sido bem sensível para quaisquer mudanças na produção, especialmente já que seus membros liberados, a Líbia e o Irã, continuaram a subir a produção.
E agora, as compras do bruto na Ásia desaceleraram, porque a estação lenta do turismo falhou ao estimular a demanda por combustível. O fornecimento, por outro lado, aumentou, porque o Irã elevou as exportações da China, ignorando as sanções dos EUA.
Como resultado, apenas uma semana após atingir a alta de um ano, os futuros do petróleo caíram por quase $ 10.
Amanhã, a OPEP discutirá se devem gradualmente elevar a produção, algo pelo qual muitos membros esperam. Entretanto, a Arábia Saudita quer revisar sua produção adicional para poder acelerar o processo de eliminação do excedente de petróleo.
Mas com os preços ainda abaixo dos níveis, muitos membros da OPEP precisam seguir os gastos governamentais, delegados dizem que a coligação agirá tão cautelosamente quanto da última vez.
Porém se a produção aumentar na próxima reunião, provavelmente será na Rússia e Cazaquistão novamente.
Fora isto, há outro bloco com tropeços para a OPEP, já que os EUA propuseram uma lei, que diz que a coligação deve ser punida por "fixar preços". Ela inda não foi aprovada.
As preocupações também se elevam em relação às relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Irão, um membro da OPEP.
Enquanto o Teerão e Washington permanecem desconectados, o acordo nuclear renovado entre os dois países, o qual o Presidente Joe Biden estimula, pode remover as sanções por quase 2 milhões de bpd de petróleo iraniano. Isto pode revirar o mercado novamente.