Na terça-feira, o Parlamento Europeu e o Conselho chegaram a um acordo final sobre o orçamento de longo prazo da UE, concordando em adicionar € 16 bilhões para saúde, educação e segurança. No total, a UE terá agora um orçamento de 1,8 trilhão de euros.
O acordo, que levou quase quatro meses para ser negociado, agora precisa ser aprovado formalmente pelos governos da UE e pelo Parlamento Europeu.
No entanto, um novo atrito pode surgir, especialmente porque a Polônia e a Hungria estão veementemente na oposição.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, chegou a enviar uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ameaçando vetar o orçamento de 1,1 trilhão de euros.
Mas não há certeza de que a Hungria realmente fará isso, já que tal ação levará à perda de dinheiro para todos os 27 países da UE, incluindo a Hungria e a Polônia, que foram ambos beneficiários líquidos do apoio financeiro da UE.
No entanto, durante este mês, as negociações devem continuar.
O parlamento quer que a maior parte do dinheiro seja pago antecipadamente antes que os projetos atinjam os marcos acordados, e mais dinheiro deve ser alocado para projetos que ajudem a reduzir as emissões de CO2.
Enquanto isso, o governo da UE quer que o orçamento seja distribuído por mais de 4 anos, não 3 anos.
Assim que o governo e o parlamento concordarem plenamente com a direção do orçamento, o acordo poderá ser ratificado pelos parlamentos nacionais dos 27 países da UE, e o dinheiro começará a fluir no segundo semestre do próximo ano.
"O Parlamento só ratificará o acordo de hoje se os Estados membros cumprirem todas as partes do acordo", disse Siegfried Muresan, eurodeputado sênior encarregado de assuntos orçamentários.